terça-feira, 17 de agosto de 2010

Aqui a Gente Vive Perdido



Estive pensando sobre as mudanças do trânsito de nossa cidade. Talvez quem lê os jornais da cidade e não vive aqui deve pensar: “Mas que implicância com o prefeito!”, mas não é implicância não. Só quem vive aqui sabe o que representou a mudança do trânsito em Resende e ao contrário do que divulgaram, eu não acho que temos uma cidade mais dinâmica e melhor. Durante todo o dia vemos filas de carros, buzinando (muitos com muita vontade), tentando acelerar e por vezes sendo repreendidos por entrar na contra mão (afinal, não se sabe ainda ao certo onde pode ou não pode entrar). E nos horários de pico então. Sem comentários.
Ao ler a carta de uma leitora revoltada, falando que estão fazendo experiências conosco, parei para refletir que toda sua revolta tinha motivo. Parecemos ratos de laboratório, que aceitam as experiências que nos impõem. Mudam pontos de ônibus de lugares, invertem a mão das ruas, arrancam árvores, fazem audiências públicas que deveriam ser chamadas de comunicados, pois tudo já está decidido quando vão pra lá. Depois descobrem que fizeram m... e voltam atrás (algumas vezes).
Li em um jornal regional um artigo de alguém (não lembro quem) que possivelmente não gosta do presidente Lula, que ele deveria criar o Ministério do “Vai dar M...”, assim o ministro avisaria o presidente antes de a sociedade saber que aquela ideia ia dar M... Bom como o presidente está no fim do mandato poderíamos dar essa ideia para alguns prefeitos, para criarem a secretaria do “Esquece Essa Ideia”, assim o secretário quando visse que algo fosse dar M... chegaria para o prefeito e diria: “Prefeito, esquece essa ideia”.
Pensando bem, acho que ninguém teria coragem de contrariar o senhor prefeito, o que é uma pena ou não, pois se tivessem ainda estariam no poder. A empresária Marlene Mattos (ex Xuxa) disse uma vez: “É melhor dar uma passo errado pra frente, do que não sair do lugar”. Só que com essa mudança de trânsito de Resende quem dá passo errado pra frente pode ser atropelado. Vou ver o copo meio cheio. Só falta um pouco mais de dois anos.